Mala Voadora
Bio
A mala voadora é uma companhia sedeada em Lisboa, dirigida por Jorge Andrade e José Capela. Apresentou o primeiro espetáculo em 2003.
Temos vindo a trabalhar a partir de temas ou materiais que, na sua diversidade, se encontram relacionados com o quotidiano, entre as suas dimensões mais políticas e as mais afetivas – coisas que observamos nos jornais ou noutros media, no nosso dia a dia e no dos outros, em alguma reflexão sobre o que pode a arte ter a ver com tudo isso. Em vez de definir “teatro” ou uma missão para o teatro, interessa-nos usar a situação que nele é criada (uma apresentação, dentro de uma sala, a um público sentado), bem como a sua retórica (os efeitos que essa situação possibilita), e manipulá-los, ab initio, para tratar de um tema, contar uma história, ou apenas para criar suspensão. Arr ancar o banal à banalidade.
Sinopse
1. Memorabilia é um termo latino que designa “coisas que servem para ser lembradas” ou “o que se mantém na memória”. Tudo o que teve um significado importante para um indivíduo pode ser recuperado numa memorabilia; Xenofonte escreveu sobre Sócrates uma Memorabilia. O termo pode referir-se também a objetos valorizados e conservados pela sua relação com factos históricos, uma determinada cultura, ou a indústria do entretenimento (cartazes, fotografias de publicidade, gadgets).
2. No final de cada ano, é habitual fazerem-se retrospetivas. Elegem-se acontecimentos marcantes, antecipando o papel da História: as catástrofes mais devastadoras, os factos políticos mais determinantes, avanços científicos, recordes, individualidades que morreram e, também, os eventos culturais mais notáveis ou mais bem sucedidos.
3. Memorabilia, o espetáculo, começa por ser a representação de uma comédia burguesa do século XVIII e evolui no sentido de se tornar numa retrospetiva dos acontecimentos mais marcantes do ano de 2011.