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Altered Natives’ Say Yes To Another Excess – Twerk Cecilia Bengolea & François Chaignaud Informações sobre o Evento
14 Mai 2015
Datas e Horários
quinta ↣ 21h30
Preço
7€ a 14€
Menores 30 anos: 5€
Duração
50 min
Classificação
M/16
Local
Sala Principal com bancada
Dança

Altered Natives’ Say Yes To Another Excess – Twerk
Cecilia Bengolea & François Chaignaud

Gender Trouble
Folha de Sala

Folha de Sala

François, como é que tu e a Cecilia se conheceram?

François Chaignaud: Conhecemo-nos em França, enquanto estudávamos e estávamos envolvidos em pensamentos e processos semelhantes. Lembro-me de que a primeira coisa que nos juntou foi a nossa determinação comum em protestar contra leis contra os trabalhadores do sexo. Sentimos que tínhamos de defender a legalidade e a dignidade de quaisquer gestos, quaisquer corpos e quaisquer modos de usar e encenar o próprio corpo por parte de um bailarino, acompanhante ou intérprete de striptease.

Cecilia Bengolea: Na Argentina [de onde é natural Cecilia], a dança contemporânea não tem uma identidade própria. Copia a dança moderna e pós-moderna europeia e norte-americana e é frequente faltar-lhe humor. Quando conhecemos o François, estávamos cansados dos corpos puritanos neutralizados da dança contemporânea que dominavam. Queríamos criar identidades fluídas, como bailado punk, e danças sexuadas.

 

Falem-nos de Say yes to another excess… TWERK. Como é que surgiu a ideia?

CB: Eu queria criar uma dança cheia de danças diferentes, sem um vocabulário contemporâneo, mas influenciada por todas as danças de rua que eu andava a praticar. Voguing, dancehall, dança house. Mas não copiámos os passos dessas danças. Criámos movimentos inspirados na intensidade e ritmos da dança de rua.

FC: Veio de tantos sítios diferentes, mas um deles era confiar na dança, combinar diferentes tipos de expressões coreográficas, de contextos e histórias variados. Esta peça acolhe todo o tipo de formas, oriundas, em pé de igualdade, da dança clássica, dança moderna e pós-moderna, dança house, twerk etc.

 

O twerk tornou-se numa palavra algo problemática, ficando associada a músicos brancos que se apropriam da cultura negra de forma negativa. Estavam conscientes disso quando deram o nome ao espetáculo? Se foi o caso, que comentário é que estão a fazer?

FC: Na primavera/verão de 2012, quando surgiu o título para a nossa peça, a palavra era muito, muito menos conhecida. Na verdade, fomos buscá-la a uma canção da artista norte-americana Lady (Twerk), que a Alex Mugler, uma das bailarinas, nos mostrou. Mais ou menos um ano após estrearmos a peça, surgiu a polémica toda. Levantou a questão importante do valor diferenciado que se atribui a culturas diferentes dependendo de onde têm origem. Isso também é verdade no mundo da dança. A nossa peça tenta desmantelar essas segregações e desigualdades.

CB: Não penso em propriedade, na dança. É diferente no mundo da arte, onde o mercado é um dos agentes mais importantes. Na dança, o movimento pertence a quem o conseguir ativar. Não acho que os brancos sejam donos do bailado e os negros de abanar o rabo. Isso é outra forma de culpa e discriminação pós-colonial. Vou frequentemente a Kingston, na Jamaica, e os bailarinos do estilo dancehall querem ter direitos de autor dos seus movimentos, mas não é possível. Toda a gente os pode copiar do YouTube e expressar algo diferente com eles.

 

Say yes… tem sido descrito como provocador e sexualmente explícito. O que é que esperam desafiar/mudar/discutir no vosso trabalho?

FC: Não há nenhuma obsessão sexual no nosso trabalho. Mas também não há qualquer negação sexual. A história das relações entre dança e sexualidade é longa. Aceitamos isso da mesma maneira que aceitamos a faceta espiritual da dança ou o potencial especulativo formal da coreografia. Não gosto do facto de a expressão de sexualidade parecer sempre situar-te num lugar especial, separado do mundo.

CB: É verdade, não almejamos ser explícitos. Acontece que o corpo já é explícito. E dançamos com ele todo. O rabo pode ser visto como o gueto do corpo e nós também o pomos a falar (como RAP – Ritmo Ânus Poesia), neste espetáculo.

 

excerto de entrevista publicada na revista i-D, fevereiro 2015

14 Mai 2015
Datas e Horários
quinta ↣ 21h30
Preço
7€ a 14€
Menores 30 anos: 5€
Duração
50 min
Classificação
M/16
Local
Sala Principal com bancada

Sinopse

Desde a adolescência que Cecilia Bengolea e François Chaignaud frequentam discotecas, de Londres a Nova Iorque, andando de clube em clube como se de centros de pesquisa antropológica se tratassem. Foi deste modo que se familiarizaram com novas formas de dança, como o jamaican dancehall, o krump, o house ou o split & jump. Formas distintas, mas que conservam em comum um espírito de diálogo com a música e com as técnicas e as ideias que as determinam.

Em altered natives’ Say Yes To Another Excess — TWERK, partem de uma intensa pesquisa sobre a música grime ― género nascido nos anos 2000 em Londres a partir dos sons do dancehall, hip hop e UK garage ― para criar um espectáculo que subverte as normas do género e da interação humana, numa dança feroz e incessante, que parece oscilar entre a abstração dos sons sintéticos e a emergência sensual dos MCs. Um espetáculo que traz para o palco do teatro o cenário de um clube, em que bailarinos contemporâneos interagem com Elijah e Skilliam, DJ da cena grime da editora londrina Butterz.

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Ficha Artística

criação:
Cecilia Bengolea e François Chaignaud

interpretação:
Elisa Yvelin, Alex Mugler, Ana Pi, Cecilia Bengolea e François Chaignaud

música:
DJ Elijah, DJ Skilliam (Butterz, Londres)

luz:
Dominique Palabaud, Jean-Marc Segalen, Cecilia Bengolea e François Chaignaud

figurinos:
Cecilia Bengolea e François Chaignaud

gestão e produção:
Garance Roggero/Leslie Perri

difusão:
Sarah de Ganck/Art Happens

consultadoria:
Alexandre Roccoli

aconselhamento musical:
Miguel Cullen

produção:
Vlovajob Pru

coprodução:
Biennale de la danse de Lyon, Les Spectacles Vivants — Centre Pompidou, Festival d’Automne à Paris, Centre de Développement Chorégraphique Toulouse/Midi-Pyrénées; Centre Chorégraphique National de Franche-Comté à Belfort, Centre Chorégraphique National de Grenoble, Le Vivat d’Armentières — Scène conventionnée danse et théâtre e Centre Chorégraphique National de Caen/Basse-Normandie

produção financiada por:
Arcadi, Chez Bushwick — NYC, FUSED: French U.S. Exchange in Dance, Serviços Culturais da Embaixada Francesa nos Estados Unidos da América e FACE (French American Cultural Exchange)

Vlovajob Pru é financiado por DRAC Rhône Alpes e é apoiado pelo Institut Français
Cecilia Bengolea e François Chaignaud são artistas associados de La Ménagerie de Verre

fotografia:
Emile Zeizig

 

Gender Trouble é um projecto House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

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