Bio
The Necks são uma das bandas de maior culto na Austrália.
Chris Abrahams piano, Tony Buck bateria e Lloyd Swanton baixo conjugam uma química que desafia a descricao em termos ortodoxos.
Com longas peças que lentamente se desvendam de forma impressionante, frequentemente sustentadas por um groove profundo e insistente, os quinze álbuns dos The Necks prestam-se a um número incontável de audições.
A música aparentemente simples revela novos encantos a cada audição. Não totalmente avant-garde, nem minimalista, nem ambient, nem jazz, a música dos The Necks é possivelmente única no mundo actual.
Sinopse
“The Necks conseguem encontrar a eternidade num grão de areia.”
The Guardian
“Tonal, acessível, e ainda assim profundamente desafiante… Os The Necks são singulares… Concedendo coisas que ninguém mais dá.”
The Wire
“Uma das maiores bandas do mundo.”
New York Times
Mais de vinte anos de existência, centenas de concertos no passaporte e quinze discos editados, continuamos a não saber bem por que género de música os Necks tecem as suas teias. Talvez seja por vermos e ouvirmos um piano, um baixo e uma bateria que vamos assumindo que carregam o jazz às costas, mesmo que este seja um estilo com muitas caras. Mas a deformação que o trio provoca é mais do que o género consegue aguentar e por isso outros rótulos aparecem à superfície, tal como a música erudita contemporânea, o experimentalismo dos AMM, o krautrock dos Neu! ou o simples conforto de um falso power trio do rock. Muitas direcções e hipóteses mas que raramente se cruzaram nestas duas décadas de uma história sólida e imutável, com todos os takes a serem erguidos sempre da mesma forma: sem regras, sem planos, tudo a partir do zero absoluto, tudo feito a partir da desmaterialização pela repetição. Uma peça, um concerto ou um disco dos Necks inicia-se com este princípio de incerteza e improviso, e rege-se pela suprema intuição das cumplicidades entre Chris Abrahams, Tony Buck e Lloyd Swanton, que vão manipulando padrões e clusters com rara disciplina física e mental. Parece tudo demasiado simples para suportar todos os elogios que recebem, mas nesta noite vamos poder testemunhar o quanto este dinâmico ambientalismo nos pode fazer levitar. Restará, depois, juntarmo-nos ao coro imenso de quem nomeia os Necks como autores das melhores experiências em concerto da actualidade.