Sinopse
Dos grandes escritores de canções e guitarristas dos Estados Unidos da última década, Ben Chasny destaca-se pela singularidade de espírito e acutilância estética dos bravos e dos esclarecidos, sempre obsessivo tanto com a transparência da frase melódica, como com a invenção da forma. Impressiona a sua produtividade editorial e a amplitude estética que consegue cobrir, não só na música que compõe, como na variedade de artistas com quem colabora (Magik Markers, Richard Bishop, David Tibet ou Will Oldham, entre tantos outros de relevo).
Nele e nos Six Organs of Admittance (o nome deste seu projeto principal) há uma luminosidade harmónica desbragadamente benigna, desenvolvida num fingerpicking solista, espiralado, possesso e turbulento. Tudo isto, Chasny complementa com um profundíssimo conhecimento do rock e do country (Bruce Springsteen, Townes Van Zandt e outros nómadas em quilometragem e espírito), e um entendimento de alta ordem das possibilidades expressivas do som, particularmente influenciado pelo psicadelismo nipónico, e por referências como Keiji Haino, Asahito Nanjo, Mainliner, High Rise ou Kan Mikami.
Regressa agora a Portugal para apresentar o magnífico e extremamente celebrado Asleep on the Floodplain, disco gravado de forma caseira bem longe dos estúdios, e lançado este ano pela Drag City (casa que irá reeditar internacionalmente o trabalho de Carlos Paredes, induzida pela admiração de Chasny pelo músico português).
Nesta atuação no Teatro Maria Matos vamos poder ver Ben Chasny a solo, em guitarra acústica e voz, porventura a forma mais plena e recompensadora de assistir a um concerto deste músico.
Em colaboração com a Filho Único